Acordei de um sonho escuro
Transformado em nada menos
Que o meu próprio medo
Cansado de trabalhar
E seguir o vazio da vida
Óbvia que consome a mim
Trancado nesse quarto
As vozes e os punhos patriarcais
Atravessam a porta
E minha alma!
Queria acordar desse sonho
Mas é tão real que a ilusão
Se torna confortável
O pragmatismo dessa escravidão sufoca
Mais uma forma de governo
A mancha as costas
Cravada em preconceitos
Quem vai abrir a porta?
Quem vai abrir?
O caixeiro se esconde
O caixeiro morre
Apaga! Apaga!